Minas Gerais Setor teve variação de 0,63% no índice de alimentação fora do domicílio no IPCA-15 de maio, prévia da inflação do mês divulgada nesta terça-feira (27) pelo IBGE
Em maio, mês das mães, o setor de bares e restaurantes tem conseguido recompor preços de cardápio. O índice de alimentação fora do lar, de 0,63%, acima da média geral da inflação (0,36%), indica que bares e restaurantes estão conseguindo, ainda que de forma moderada, recuperar parte dos seus preços após um longo período de defasagem.
Entre os destaques, o item “lanche” teve alta de 0,84%, enquanto o “cafezinho” subiu 2,75%, ambos acima da média do setor. Já a “refeição” teve aumento mais contido, de 0,49%, o que mostra uma estratégia dos empresários de manter a competitividade nos pratos principais, enquanto ajustam os preços em itens de maior valor agregado ou consumo ocasional.
Enquanto a alimentação fora do lar sobe 0,63% em maio, o grupo “alimentação e bebidas” teve alta de 0,39%, o que reforça o movimento de recuperação gradual dos preços no setor de food service. Já a energia elétrica teve alta de 1,68%, pressionada pelo fim da incorporação do bônus da devolução de tributos, o que afeta diretamente os custos operacionais dos bares e restaurantes.
“Esses dados mostram que o setor viu condições de recompor preços em maio, que tem o Dia das Mães, uma das melhores datas em faturamento no ano. Mas ainda enfrenta desafios importantes. A recomposição de preços é necessária para equilibrar os custos, especialmente diante do aumento expressivo da energia elétrica, que impacta diretamente a operação dos estabelecimentos”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
O ajuste à inflação tem sido um desafio para o setor. Segundo pesquisa da Abrasel realizada em maio, um terço dos estabelecimentos (34%) não conseguiu aumentar os preços nos últimos 12 meses. No acumulado de 12 meses do IPCA-15, a alimentação fora do lar apresenta um aumento de 7,84%, enquanto o agrupamento “alimentação e bebidas” aponta alta de 8,02%.
